Exportações de calçados aumentam 67% no semestre, informa Abicalçados

As exportações de calçados brasileiros seguem colhendo bons resultados.

Desde o segundo semestre de 2021, os negócios estão em alta com reflexos de restrições em outros mercados, que buscaram a segurança dos fabricantes brasileiros.

Dados elaborados pela Associação Brasileira das Indústrias de Calçados apontam que, entre janeiro e junho, as exportações do setor somaram 75 milhões de pares, que geraram US$ 651,6 milhões. Isso representa incrementos de 31,3% em volume e de 67,5% em receita no comparativo com o primeiro semestre de 2021.

Se as exportações do segundo semestre repetirem o resultado dos primeiros seis meses – o que alcançaria US$$ 1,3 bilhão em 12 meses -, significará o melhor resultado em dólares em uma década.

O presidente-executivo da Abicalçados, Haroldo Ferreira, avalia que os números apontam para uma recuperação plena do período pré-pandemia, em 2019. “O semestre situou-se 35,6% e 30,9% acima do mesmo período de 2019, em valor e pares”, conta o executivo.

Ele ressalta que as exportações estão sendo impulsionadas, principalmente, pelos Estados Unidos e por países vizinhos, caso do Chile. “Os Estados Unidos, o principal destino das exportações de calçados, já dobraram o volume importado. Já no caso do Chile, nossos embarques para lá já aumentaram quase 120% no semestre”, comenta Ferreira.

ESTADOS

Respondendo por 46% do total gerado pelas exportações de calçados, o Rio Grande do Sul é o maior exportador do setor. No primeiro semestre, partiram das fábricas gaúchas 21,67 milhões de pares, que geraram US$ 299,4 milhões, altas de 54,3% em volume e de 79,5% em receita em relação aos primeiros seis meses de 2021.

DESTINOS

Principal destino dos calçados brasileiros no primeiro semestre, os Estados Unidos importaram 11,94 milhões de pares verde-amarelos, que geraram US$ 181,8 milhões, incrementos de 88% em volume e 106,7% em receita na relação com o mesmo período do ano passado.

O segundo destino do calçado exportado foi a Argentina. No semestre, foram embarcados para lá 8,2 milhões de pares por US$ 90,67 milhões, incrementos de 61,2% em volume e 88,3% em receita na relação com o intervalo correspondente de 2021.

No terceiro posto aparece a França. Nos seis meses, os franceses importaram 4,6 milhões de pares, pelos quais foram pagos US$ 36,8 milhões, altas de 36,8% e 31,6%, respectivamente, ante o ano passado.
A surpresa da lista de destinos é o Chile, que passou de 9º destino em 2021 para 4º destino no primeiro semestre deste ano. Nos seis meses, foram exportados para lá 1,4 milhão de pares, que geraram US$ 36,8 milhões, incrementos de 99,2% em volume e 119,7% em receita no comparativo com o mesmo período do ano passado.

Fonte: site martinbehrend.com.br

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