De acordo com os dados divulgados pelo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), foram criados 117.128 novos postos de trabalho no setor têxtil. Considerando a rotatividade, o saldo de empregos criados é de 15 mil pessoas. O setor, que havia sofrido baixa por causa da pandemia da Covid-19, se recupera. Em comparação com 2020, que teve um saldo de 3.236 contratações, o crescimento de 2021 representa um aumento de 370%.
A Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (Abit) estima que o faturamento do setor tenha sido de R$ 194 bilhões no ano passado, indicando crescimento de 20% em relação a 2020. O que evidencia uma tendência de recuperação do segmento, mesmo que os números ainda não tenham superado os valores de 2019.
Produção da indústria têxtil deve crescer 1,2% em 2022
Para este ano, porém, ainda de acordo com a Abit, a estimativa é que o crescimento da produção têxtil brasileira recue. A associação prevê um avanço de apenas 1,2% na produção e de 1% nas vendas internas. Em declaração à imprensa, Fernando Pimentel, presidente da Abit, disse que o principal motivo para a desaceleração do crescimento é o comprometimento do poder de consumo da população devido ao aumento da inflação.
Além disso, Pimentel apontou outros fatores que podem prejudicar os resultados do setor: o risco do retrocesso no livre funcionamento do comércio físico, dependendo do número dos casos de Covid; o afastamento de funcionários por causa da infecção pelo coronavírus; e os resultados das eleições presidenciais de outubro e seus desdobramentos para o setor.
E-commerce cresce no país durante a pandemia
Apesar da Abit não divulgar dados mais específicos sobre os tipos de venda do setor, de acordo com o Relatório E-commerce no Brasil divulgado em abril de 2021, realizado pela agência Conversion, o segmento de Moda & Acessórios cresceu 63,18%.